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Foto do escritorRenato Alves

Selvageria no copo: cervejarias nacionais apostam em sabores únicos e complexos

Uso de leveduras selvagens tem atraído consumidores apaixonados pela descoberta de novas experiências


Foto: Cerveja Dádiva Edelvais (Divulgação)


O universo selvagem tem diversificado a gastronomia brasileira nos últimos anos, colocando-nos em contato com sabores e aromas únicos e complexos. Ele está presente, por exemplo, em algumas produções de queijos, vinhos e cervejas. Sobre as cervejas, elas são bem comuns na Bélgica e nos EUA e já integram, também, o portfólio de muitas cervejarias nacionais.

De fermentação lenta, com acidez presente, final seco e bastante carbonatadas, a produção dessas cervejas conta com o uso de leveduras selvagens - como as Brettanomyces - e precisa de condições adequadas, como temperatura e umidade ideais.

Essas leveduras podem ser encontradas na natureza (como em cascas de frutas) ou estar em barris de madeira previamente usados. O fermento age na bebida de forma única e pode, inclusive, continuar trabalhando por longos anos e transformar completamente a característica da cerveja.

Não à toa, geralmente as bebidas produzidas com leveduras selvagens são geralmente “de guarda”, ou seja, podem ser esquecidas na adega por anos e ficam ainda mais incríveis.

“A cerveja selvagem guardada pode, com o tempo, perder a carbonatação, ter amargor reduzido, ou acentuar nuances adocicadas, como passas, mel e até toffee. Ela também pode oxidar, e, diferentemente do que esperamos das mais frescas, isso pode ser bom e bem interessante. Por isso, é legal comprarmos duas garrafas, pelo menos, para tomarmos uma jovem e uma depois de um ano para vermos essas diferenças”, afirma Victor Marinho, mestre-cervejeiro e sócio da cervejaria Dádiva.

Um belo exemplo de cerveja selvagem é a nova Edelvais, feita pela cervejaria nacional Dádiva, produtora artesanal paulista escolhida por dois anos consecutivos (2019/20) como a melhor cervejaria do Brasil pelo Rate Beer, em parceria com a cervejaria suíça Hoppy People.

A Dádiva Edelvais é uma Barrel Aged Saison marcada pela complexidade, revelando notas condimentadas e frutadas que se sobressaem no aroma. Toques sutis de madeira estão presentes nela, assim como a acidez proveniente do processo de acidificação em barris é perceptível. No paladar, a cerveja exibe uma secura equilibrada, acompanhada por um leve toque de dulçor.

Ela será apresentada para o público na Semana Selvagem, organizada pela Abracerva para quem ama cervejas ácidas e complexas. O evento acontece em São Paulo entre os dias 6 e 10 de setembro e será dividido entre:

O 2ª Encontro Selvagem (dias 7, 8 e 10), com diversas palestras com cervejeiros, microbiologistas, e especialistas da área;

1ª Feira Selvagem (dia 9/9, das 14h às 19h), momento de experimentar mais de 70 cervejas selvagens de 25 cervejarias do Brasil.

Os ingressos para participar da Semana Selvagem estão no Sympla. Para comprar o ingresso e saber mais sobre a programação, basta acessar esse link ou o perfil da Manipueira Selvagem no Instagram.

Além da novidade Edelvais, a Dádiva vai disponibilizar para o público na Feira Selvagem, também, a degustação das cervejas:

Dádiva + Oca Wild Ale Pêssego: terceira versão da série de Wild Ales de fermentação mista feita de maneira colaborativa entre as cervejarias Dádiva e Oca. Ela leva pêssego na receita e a fruta aparece de forma sutil, dando espaço para as notas das leveduras selvagens se destacarem, como uma acidez lática bem intensa com um toque acético. Em segundo plano, as notas aromáticas de fruta aparecem no retrogosto;


Dádiva Brewer's Cut #8 Cranberry: oitava cerveja da linha de cervejas que traz bebidas envelhecidas e extremamente complexas nas releituras do mestre cervejeiro da Dádiva Victor Marinho. Essa é uma cerveja de fermentação mista, com acidez mediana em equilíbrio com a fruta. O aroma de cranberry é delicado e, ao mesmo tempo, complexo;

Dádiva + Quitanda da Cerveja Flower Child: uma Wild Ale Mixed Fermentation feita em colaboração com a Quitanda da Cerveja. Sour complexa e de fermentação mista, tem notas evidentes de frutas amarelas, com leve toque de Brettanomyces e sutil toque de coco. A acidez é equilibrada e o final é seco.

Sobre a Dádiva:


Produtora artesanal paulista escolhida por dois anos consecutivos (2019/20) como a melhor cervejaria do Brasil pelo Rate Beer, a Dádiva é uma cervejaria que se desafia e que se aprimora a todo tempo, explorando suas possibilidades cada vez mais a fundo, com originalidade. É uma produtora nacional reconhecida pela sofisticação, sutileza e cuidado com os detalhes na seleção dos ingredientes, na elaboração das receitas, nos processos de produção, na escolha dos parceiros e no modo como se posiciona, se engaja e se comunica com o mundo.


A cervejaria tem à frente de sua gestão dois dos principais nomes do mercado nacional de cervejas, os sócios Luiza Lugli Tolosa – fundadora, administradora de empresas pela Universidade de São Paulo (USP) e uma das principais porta-vozes femininas no meio cervejeiro - e Victor Pereira Marinho, cervejeiro há 13 anos e mestre cervejeiro responsável pelas criativas receitas da cervejaria. Ambos possuem especializações cervejeiras pelo Instituto da Cerveja Brasil (ICB). Os nove anos da cervejaria marcam sua consolidação como uma das mais inovadoras do setor. Desde sua inauguração, em 2014, a marca já lançou mais de 200 rótulos de cervejas.


Além de vender suas cervejas em todo o território brasileiro, a cervejaria também ganhou com seus rótulos espaços nas geladeiras de países como Holanda, Dinamarca, Suécia, Suíça, Bélgica, França, Finlândia, Luxemburgo e outros tantos, já que os e-commerces da Holanda viabilizam a distribuição das bebidas da Dádiva a todo o território europeu.

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